domingo, 19 de setembro de 2010

O mundo é mesmo muito lindo, maravilhoso e cheio de cores. Mas se tornou escuro para mim, afinal, a luz que o iluminava para que eu enxergasse irradiava dos seus olhos. Não sei como pude te deixar partir, aliais, eu não imaginava que fosse sentir tanto a sua falta algum dia. Se eu tivesse o poder de teletransportar para algum lugar, iria para onde você está. Só para ver como você está, o que me está angustiando. Não sei se você está feliz, ou se sequer sente minha falta. Não sei com quem eu posso conversar, ao menos, para saber noticias suas, saber se ainda temos chance, se ainda compensa minha existencia nesse lugar.
Não sei se eu te espero, se tento te esquecer. Não gosto muito de esperar, tenho medo de esperar pelo resto da vida. Não sei se encontrarei alguém que me faça sentir assim novamente, você foi a pessoa que me fez tirar esse pensamento, mas está me trazendo-o de volta.
Todos os dias são sempre iguais: espero te ver ainda passando todos os dias na rua, de noite olho para as cadeiras vazias onde você se sentava...mas você nunca está. Se fosse isso mesmo...Ah, eu queria ao menos me despedir. Seria justo. Injusto é o que eu passo hoje por alimentar tal coisa por ti. Ah se eu pudesse saber quanto de mim ainda resta em você...
Talvez você não se importe, mas eu sim. E o que mais me consome é escrever isso aqui por não ter como aliviar minha angustia.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Eu sei que pode ser que desse jeito seja melhor, mas de uma coisa eu sei: para mim não tem nada bem. Pelo menos não tinha. É claro que não é algo novo para mim, não é a primeira vez que eu me apaixono e acabo ficando sozinha no final, pra falar a verdade, comparada as outras vezes está até que confortável.
A questão é que me sinto sozinha, insegura. Não consigo vencer meu orgulho e isso me mata mais que tudo, afinal, se eu não tivesse tanto orgulho, não estaria sem você agora.
Hoje, uma noite amistosa de sexta feira, foi o primeiro dia que eu tive noticias suas em duas semanas. Eu sei onde você está, imagino com quem esteja também, mas tento entender a todo momento se o que aconteceu conosco foi apenas passa-tempo ou foi mesmo aquilo que você dizia.
O pior é que todo sofrimento que eu tento demostrar, para você ainda parece ser pouco. Tenho andado inconsolada nesses ultimos dias, nem mesmo algo tão comum de me fazer rir está conseguindo. Não saio, não como, não durmo, e se durmo sonho com você. Conosco.
É juntando meus cacos que reconheço meus erros, mas ainda fico na incerteza se algum dia você ainda poderá voltar. Fico entristecida de ter desistido de tantas coisas por sua causa e no final acabar assim, mas enfim, acho que no fundo o erro não foi meu. E se foi também, não me importo. Pode ser o ultimo amor que eu viva, mas tenh certeza que nenhum foi mais covarde que esse.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Perdida em devaneios comuns em momentos como estes, me surpreendo com o contorno dos seus olhos subindo junto àquela rajada de fumaça. Ah, fumaça. Sinto-me em paz, calma, envolvida num colchão de brisas, ventos leves e frescos a me beijar. Me faz perder definitivamente o controle dos meus pensamentos, e me faz esquecer de um corpo material que naturalmente eu sentiria falta neste momento.
É, certamente, mais, bem mais incomum o que estou sentindo. É o medo constante de olhar para o lado, perceber que tudo passou e foi em vão. Como se esse conjunto de alma e corpo que me entorpece cada dia mais, estivesse cada vez mais longe de mim, e traduz em severas palavras que o nunca mais pode existir mesmo.
Nos fins de tarde já é comum envolver-te em meus pensamentos. Satisfaz minha alma, me faz até esboçar sorrisinhos amistosos, e hoje o que resta é o medo de amanhã não poder mais te ver.
Você foi como uma brisa leve no fim de tarde que remove a areia dos olhos e os faz brilhar novamente, causando-me sensações que eu pensava não sentir outra vez; como uma chuva forte, que molha e refresca, mas se vai rapidamente; como o reggae que soa baixinho misturado com o verde. Você foi como o renascer do sol depois de um ano de tempestades, o despertar após um pesadelo...
Coisas pequenas, em que penso todas as noites no aconchego de meus lençóis, me causam arrepios, todas essas coisas me levam á uma pessoa só, tudo ao redor caminha com um sentido só, o caminho que você me ensinou, e não quer que eu passe novamente.
Depois de tudo, das tempestades, e dos dias de sol, ao menos sei que minha vida de algo vale, pois ainda tenho dentro de mim sentimentos mais fortes que as sensações físicas. Isso é o suficiente para me sentir viva; é o suficiente para amar.